sábado, 11 de outubro de 2008

Doze anos sem Renato


Há doze anos o silêncio e a inércia mais temida tomara por completo Renato Manfredini Júnior, o nosso Renato Russo, líder da banda de rock mais cultuada do Brasil, Legião Urbana, e autor de canções de conteúdo universalista, na qual gerações se reconhecem até hoje. Nós, os legionários, estamos órfãos desde então.

Renato nos faz chorar, desperta nossa indignação à sociedade, às injustiças que presenciamos todos os dias, como já se disse tantas vezes, parece que Renato entrou em nossas cabeças e tirou de lá nossos mais íntimos sentimentos, dores e desejos. Ele soube ser crítico e poeta.

Não direi que todos os dias escuto Legião Urbana, decerto estou sempre ouvindo, fazendo leituras de mundo a partir da ideologia disseminada por Renato Russo.

Conheço Legião Urbana e Renato desde o tempo em que meu primo Isaac fora morar conosco lá nos idos de 1999, quando este me mostrara numa fita cassete os grandes sucessos da Legião: Será, Tempo perdido, Há tempos, Giz, Faroeste Caboclo e, aquela que mais me emocionou na época, Pais e filhos. Hoje, entre as minhas preferidas figuram músicas esquecidas ou quase desconhecidas como Eu era um lobisomem juvenil, Mil pedaços, Clarisse (que sempre me emociona), Esperando por mim etc.

Para mim, música é uma arte transcendental, uma vez que une poesia, letra e melodia. E Renato Russo, Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá souberam fazer isso muito bem. Pena que um tripé não se sustenta em duas pernas e a viagem de Renato acarretou no fim de Legião Urbana. Claro que os demais integrantes têm seu valor, a questão não é esta, Renato é que era iluminado.

Renato continua irradiando sobre nós, pois sua voz ainda ecoa aos nossos ouvidos e mentes. Seja num radinho de pilha ou num Mp3-player, seja num cantarolar ou acompanhado de um violão, só ou acompanhado. Renato certa vez disse: “A verdadeira Legião Urbana são vocês!. Então...

Nós somos a Legião Urbana! Viva Renato Russo!

Urbana Legio omnia vincit