sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Guerras

Quando os Estados Unidos invadiram o Iraque no começo desta década, eu reescrevia as notícias da guerra em uma agenda. Não demorou muito, desisti. Cansei logo de indignar-me sem ter como fazer algo imediato por aquele povo que sofre até hoje em nome da loucura desse Bush, que termina seu mandato no próximo dia 20 de janeiro.

Estamos assistindo em tempo real uma nova velha guerra entre Israel e Palestina. Não reescrevi nenhuma matéria, apenas resignei-me a indignação. Um combate injusto, do ponto de vista humano e estrutural bélico, pois são, por exemplo, 520 caças israelenses contra nenhum palestino. Mas, claro, minha indignação é pela morte de tantas pessoas de ambos os lados. Como dizem, nenhuma mãe quer ver seu filho morto, ou melhor, destroçado por um míssil e entregue em pedaços, acompanhado das despesas do funeral.

Não muito patriota, estou longe, anos-luz, do ufanismo. Porém, diante desses acontecimentos, no mínimo, sinto-me seguro aqui na Terra do Nunca 2. É válido relembrar a guerra cotidiana, que alguns chegaram a dizer "não-declarada", com que convivem os cidadãos das grandes cidades deste país. Fico mais saudosista dos tempos que não vivi. Meu remédio é escrever. Placebo.

Tomara que um dia os povos do Oriente Médio possam viver muito mais que acordos falsos, a paz verdadeira.