segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Reflexão sobre o filme “Mar adentro”

Afinal, o que é a vida? Ou, a quem ela pertence? Longe do intangível, não sei, perto dele me sinto escravo do tempo. Seria a vida apenas um instante no grande relógio do cosmos, como parece ser? De qualquer forma, o consenso é ilusório para estas perguntas redundantes (ecos), ao menos pode-se afirmar que há quem deseje viver, não tendo muitas razões para isso, entretanto suficientes a si, e para não alongar muito, há quem deseje morrer pelo mesmo. Para a maioria das pessoas, a morte é o maior vilão da estória da humanidade, mas também serve de consolo e fim a dor de, por exemplo, estar privado das sensações.


Vida: não é uma coisa, não é qualquer coisa. É algo indefinível. Há uma vida para cada ser que vive, um conceito diverso e único para cada humano. Como dizer o que é sem equipará-la aos objetos? Ela está aí, em todos os lugares desse mundo.


Agrada-me escutar o ar entrando e saindo dos pulmões quando respiro mais forte, sinto-me em paz no silêncio total quando nada escuto nem penso, de preferência vendo o céu azul à tarde, as nuvens, o verde. Vivo. Sou tão mais vivo quando as pessoas que amo me sorriem. Se eu perder estas coisas, perderei meu conceito de vida.


Para quem não sabe, nem deseja saber, mas entende que há razões para viver, provérbio nenhum se encaixa melhor aqui que o “Carpe diem”.


Bem ou mal, estou vivendo.