quarta-feira, 15 de outubro de 2008

1973: Secos & Molhados e Pink Floyd

Hoje, revirando meus arquivos digitais guardados em DVD’s e num HD externo encontrei os álbuns dos Secos & Molhados de 1973 e 1974. Ao notar o ano de 1973, lembrei que este também foi o ano de lançamento de outro grande álbum, só que em maior escala, “Dark Side Of The Moon”, do Pink Floyd. Ambos revolucionaram o cenário do Rock, no Brasil e na Inglaterra, respectivamente.


Como não possuo os pré-requisitos necessários para fazer uma análise consistente, já que não sou músico, nem tenho idade para avaliar o verdadeiro impacto desses álbuns nos seus lugares de origem, resigno-me a lançar minhas impressões de admirador sobre estes objetos e indicar a “ouvidura” deles. Vale a pena passear pela Net e buscar a tradução das letras do Pink Floyd.


O Secos & Molhados, de acordo com o que li pela Internet afora, pelo contexto histórico e visual surrealista e provocador dos integrantes da banda, em especial Ney Matogrosso, quebraram paradigmas sociais com música e poesia. Foram iconoclastas de uma grandeza perseguida até os nossos dias. No S&M de 1973 (o álbum não tem título), há preciosidades como “Rosa de Hiroshima”, poema de Vinícius de Moraes musicado por Gerson Conrad, “Sangue Latino”, “Primavera nos dentes”. Dá vontade de dançar cada vez que ouço esse álbum, e ao mesmo tempo de só escutar a poesia na voz do Ney.


Do outro lado do mundo, nascia o “Dark Side Of The Moon”, que é considerado por muitos como o álbum que inaugurou o rock progressivo (há quem dê os créditos ao “Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles). Até então, não se tinha ouvido um som tão “espacial” e psicodélico, repleto de inovações para a época. Canções como “Us and Them”, “Brain Damage”, “The Great Gig In The Sky” nos carregam para outro lugar, longe daqui. A última citada principalmente.


Enfim, são dois álbuns do caralho! Acredito que aqueles que os ouvirem não se arrependerão. Se se arrependerem, como diriam os ingleses: Sorry! Try again. Ou não. Façam como os caras de 1973: inovem, revolucionem (suas próprias vidas, preferencialmente).