sábado, 23 de maio de 2009

Atarefado

Se você visita este blog, demonstra algum interesse nas minhas palavrinhas. Isto aqui é o resultado de momentos preciosos de ócio e inspiração, é necessário as duas coisas juntas pra sair coisa conveniente a este espaço. Pois a maior parte do que escrevo jamais colocaria na Internet sem antes registrar num cartório. Cada poesia, cada conto é como um filho ou carne da minha carne. Seria ultrajante navegar por aí e encontrá-los em alguma ilha sem a devida autorização ou autoria. Mas isso é besteira!

O tema deste post é sobre um aspecto do cotidiano que tem se tornado mais preponderante à medida que vivo, os trabalhos. Todos, o magistério e a burocracia, na qual fui recém-iniciado, mais os trabalhos da universidade. O tempo, ah, o tempo!, flui à mesma velocidade, contudo as tarefas, sempre urgentes, não me deixam aproveitá-los como se deve. Quando chega o sábado (agora estou livre aos sábados) fico zanzando dentro de casa, brigando com meu irmão pela posse do PC ou babando meu sobrinho. E vem a preguiça... eu vou enrolando, protelando tudo pra mais tarde. Então, as tarefas se tornam mais urgentes. O jeito é dormir tarde estudando, estudando.

Muito se fala dessas doidices da pós-modernidade: falta de tempo, excesso de trabalho, estress, dores na coluna, engarrafamentos nas avenidas metropolitanas, mas o pior de tudo é o isolamento, a frieza de só ter oportunidade de conversar via Internet (às vezes alguém desconhecido, distante), o receio de sair de casa por medo da violência. Insensatez. Pow, o cidadão comum enfrenta um cotidiano do cão e ainda tem de aguentar na mídia um monte de sacanagem.

Mas eu moro no interior, um latinoamericano quase belchioriano. Eu não enfrento com tanta intensidade o cotidiano como aqueles das grandes cidades grandes. O problema é que sinto como se não fizesse parte disso tudo, mesmo o tudo pequeno. Não é preguiça de trabalhar, é o tédio da rotina que me zanga (zanga amiúde exponenciada pela presença de pessoas desinteressantes). Até o ócio cansa.

Ainda bem que existem momentos mágicos sazonalmente, à base de Rock'n Roll, destilados, tagarelice, riso e outros sabores. Nem sempre há tudo ao mesmo tempo(!), o que não torna o momento menos prazeroso. É assim que desafogo, passeio no Olimpo, não, no céu dos muçulmanos que é mais interessante! No outro dia, o reinício ou a ressaca. O cotidiano, as tarefas nunca recusam a voltar.

De qualquer modo, preciso de férias.


segunda-feira, 4 de maio de 2009

Impalpáveis

Quando comprei uma câmera digital, isso há uns quatro anos, saía fotografando tudo, tornei-me um apertador de botão profissional. Hoje, minha Olympus Camedia D-435 jaz no cemitério dos aparelhos quebrados. No meu baú de coisas impalpáveis (um HD externo que deu pau) jazem centenas de imagens, dentre outros arquivos, acumuladas desde a aquisição do nosso primeiro PC. Antes de perder a chave do baú, revirando-o encontrei essas fotos abaixo. Gosto delas.