terça-feira, 3 de novembro de 2009

Corvos, escrivaninhas e um absurdo


"Por que um corvo é parecido com uma escrivaninha?", pergunta o Chapeleiro à Alice, aquela do País das Maravilhas. Como todos aqueles que já leram o clássico de Lewis Caroll, também assustei-me com a charada, bem como fiquei um tanto frustrado pelo fato de o propositor não revelar o segredo.

Para mim, corvo e escrivaninha não possuem quaisquer semelhanças, senão em alguns casos à exceção da cor preta. Se a escrivaninha for amarela, perde-se a conexão. Alice foi embora sem resposta.

Eu estou a todo instante sem entender as tantas charadas da vida. Uma delas, o amor. Como esse substantivo concreto se tornou abstrato, quase indispensável? Possivelmente "aquele amor" é uma brincadeira de mau gosto, que jamais superará o fraterno e o respeito. Ou haverá mesmo uma ligação verossímil entre corvos e escrivaninhas?

O amor é fogo que arde sem se ver, absurdamente.