sexta-feira, 25 de maio de 2012

Raul Seixas: vivo, vivíssimo!

Vi o documentário Raul: o início, o fim e o meio. Passei o filme todo com os olhos marejados, observando no telão meu ídolo Maluco Beleza vivo, vivíssimo!

Foi pouco mais de duas horas com Raulzito do meu lado contando-me suas peripécias, tripudiando de mim quando me empolgava com as músicas e, então, lembrava que a sala do cinema não era só minha. Ele me fazia caretas.

Porque Raul está mais vivo, vivíssimo do que nunca. Corre nas veias de seu neto, imagem e semelhança, como explode no êxtase de cada raulseixista ao entoar com toda a força pulmonar nossos hinos tão importantes quanto o hino nacional.

Vi Raul vivo, vívissimo no olhar de cada pessoa nesse filme. Vi Raul fazer cócegas toda vez que algum deles tentava tocar uma de suas canções. Transformou-se naquela mosca e pintou pra abusar seu parceiro Paulo Coelho e no fim cutucou Marcelo Nova, para denunciar todos os pecados que lhe cometeram.

Metamorfose ambulante de Elvis com Gonzagão, recheada de alegria, carisma, e energia cósmica; ele que não fazia simplesmente rock'n roll, mas "raulseixismo"; que de quase ateu virou místico; que era um, era dois, era quantos papéis fossem necessários; ele que amou cada mulher que o segurou nos braços, cada Pedro que o cercava; que não sucumbiu ao ostracismo e ainda esbanja juventude para nós; ele, Raul Seixas.

Obrigado, Raulzito, por se manter ainda vivo, vivíssimo!